01/06/2015

The Heirs

Na maratona de doramas que fiz mês passado eu conheci e fiquei curiosa com as resenhas positivas do k-drama The Heirs – Os herdeiros.



O enredo é bem clichê, nada muito diferente de outras obras, seja anime, mangá ou até mesmo de filmes ocidentais, mas também não deixou de ser empolgante e único. O post do Divaneando sobre ele foi muito bom, bem completo e ela apontou várias coisas que acabei concordando depois que terminei de ver o k-drama.

Como o próprio nome diz, a história se passa numa fictícia escola da elite onde os mais ricos da Coréia estudam. Nessa escola tem uma hierarquia de grupos onde no topo estão os herdeiros de grandes impérios econômicos, abaixo estão os filhos de ricos, abaixo deles os filhos de honra/ prestígio (políticos, magistrados, etc.), por último vem os plebeus que são divididos em 2 grupos: Os plebeus intocáveis, filhos de assessores ou diretores de grandes empresas; e os plebeus de assistência social, bolsa de estudo. (Nem preciso explicar esse último, né?) Os alunos da assistência social são alvos de perseguição e humilhações para os forçar a sair da escola.

A maior parte do dorama se passa nessa escola ou envolvendo alunos dela, mas nos 5 primeiros episódios vamos conhecer os dois protagonistas, suas circunstâncias e o que aconteceu para eles se conhecerem.

Logo de cara conhecemos a Eun-sang, filha de uma empregada doméstica, boa filha, boa aluna, esforçada, independente e com um temperamento meio forte (teimosa e orgulhosa é uma boa definição). Ela sonha em ir morar com a sua irmã que está nos EUA fazendo faculdade, muito mais para fugir das privações que vive e começar uma nova vida.

Ao saber que a irmã vai casar e nem as chamou para o casamento ela se sente traída/abandonada e decide ir sozinha para a Flórida levar o presente em dinheiro da sua mãe para a irmã e também para participar do casamento dela. Por causa dessa viagem ela acaba brigando com a mãe, que não concorda que ela vá, mas... eu já falei que ela é teimosa? Rsrs

Ela juntou suas economias, dos seus trabalhos de meio período, para a viagem. Chegando lá ela descobre que a sua irmã mentiu todos esses anos sobre tudo, ela não vai se casar, não estuda, trabalha como garçonete, vive com um bêbado numa casa deplorável e apanha dele. No meio do caos, da briga com a irmã, (Que simplesmente arrombou a mala da coitada pra buscar pelo dinheiro, e depois saiu correndo, sumiu, deixando a caçula sozinha, num país estranho e sem lugar para ir. Nessa cena a irmã mais velha parecia uma drogada em crise de abstinência. Credo), ela conhece o Kim-tan, ele também é coreano e viu, ouviu e entendeu toda a briga. Por causa do amigo dele, (esse sim é drogado... E aparentemente o Kim-tan e seus amigos aprontam muito. rsrs), a Eun-sung tem o passaporte retido pela polícia para averiguação, precisando da ajuda dele até conseguir voltar para a Coréia.

Kim-tan é o segundo filho e um dos herdeiros do grupo Jeguk e está completando seus estudos nos EUA, mas na verdade ele é filho ilegítimo, adotado pela família principal, apesar da sua mãe morar com o pai dele, ela vive numa situação complicada. A verdadeira mãe do Kim-tan era secretária na empresa e amante do pai dele, a segunda esposa legítima nunca teve filhos mas adotou ele e para todos ela é a mãe verdadeira dele. A madrasta saiu de casa mas não se separou legalmente, então a mãe vive na casa com o pai, dentro desta casa ela é “dona”, mas não aparece em nenhuma foto ou evento com o pai do Kim-tan e nem com ele. Quando há um jantar ou comemoração na casa ela tem que permanecer no quarto enquanto a verdadeira esposa faz as vezes de anfitriã, ou seja, o fato de que a amante é a mãe do filho caçula, mora na casa enquanto a esposa mora em outro lugar é um segredo conhecido apenas pelo núcleo familiar e pelos empregados.

Para deixar a situação do protagonista mais complicada, o pai dele tem um jeito muito diferente de mostrar amor, percebo que o pai ama os dois filhos, mas como ele  demonstra isso é muito estranho. Ao tentar deixar seus dois filhos espertos, cautelosos, frios, duros com a vida, com as pessoas, (por causa do grupo Jeguk e por causa da fortuna que eles vão ter), ele acaba jogando um filho contra o outro e tentando controlar os passos, as escolhas, e até quais são as pessoas que seus filhos podem se relacionar.

Kim-tan tem toda essa carga familiar quando o conhecemos, e ele não está nos EUA apenas para estudar, na verdade ele está exilado pelo irmão que o quer longe para que ele não seja uma ameaça como sucessor da presidência da empresa. Ele se encanta pela Eun-sang logo de cara, fazendo o que pode para mantê-la com ele, mas ela é muito realista para acreditar que esse encantamento  possa virar um romance, aproveitando com cautela, ciente que é apenas uma aventura de verão e que irá acabar quando voltar para a Coréia.

Temos tudo pronto para um grande drama envolvendo uma rapaz muito rico e uma garota pobre, e para quem não gosta de drama não deve assistir!!!  Huahuah



Apesar das cenas engraçadas, o principal foco é a luta dos dois nessa barreira social, porque o Kim-tan resolve voltar para a Coréia para se aproximar do irmão e principalmente pela Eun-sung. Já ela tem mágoa da “família dele”, na verdade ela tem mágoa do que a mãe tem que sofrer no trabalho, da condição, mas não exatamente da família dele, o problema é que a mãe dela é empregada na casa dos pais de Kim-tan, e nenhum deles sabia disso. 

Muita coisa aconteceu no período que a Eun-sung ficou nos EUA, a mãe dela não conseguiu pagar o aluguel porque mandou todo o dinheiro que tinha para a filha mais velha, teve que ir morar no quarto de empregada na casa dos patrões e achava que a caçula não voltaria, e agora as duas terão que morar juntas no quarto da casa. Eun-sung ficou muito mal por ter abandonado a mãe e ter deixado ela passar por todo o trauma da mudança sozinha, então ela decide ajudar a mãe a conseguir dinheiro para que as duas saiam da casa dos patrões.

Kim-tam se mostrou muito maduro e decidido, (coisa rara de se ver nos dramas que assisto, normalmente o mocinho/a rico é muito inseguro/a enquanto a mocinha/o pobre é bem mais decidido e firme), lutando por Eun-sung e tentando protegê-la com todos os recursos que possuía. O pai (chato) controlador descobre a situação e consegue para ela uma bolsa de assistência social e rematricula o filho na mesma escola para que os dois percebam a diferença entre eles e desistam de pensar em ter qualquer relação. E a partir daí que o drama realmente fica interessante.

Ver como desenvolve os sentimentos da Eun-sung com todas as dificuldades com a mãe, com a escola, com o amor, com tudo! No primeiro momento ela luta contra Kim-tan, querendo apenas terminar a escola para ter a chance de uma oportunidade melhor, mas como ter uma vida escolar tranquila se além de toda a complicação com a família do Kim-tam, ela também acaba chamando a atenção do líder do grupo que pratica bullying e que ainda tem uma raiva mortal do protagonista? E ela ainda tem que esconder que é pobre e que foi transferida pelo programa de assistência social, na verdade o Kim-tan mente que ela tem dinheiro e ela não pode desmentir porque senão ela será perseguida, então ela tem que evitar que eles descubram a verdade. É muita coisa para uma protagonista só, né? Acho que já comentei que esse dorama é um drama... Huahauhauh Mas vou falar que o drama do Kim-tan também não é fácil! Rsrs

A interação dos herdeiros na escola é um outro episódio à parte e ser for colocar aqui esse post não vai ter fim!!! E nem vou falar muito do Young-do (líder do grupo de bullying) e da relação, mais do que complicada com o Kim-tan, eles eram amigos e agora são inimigos, e a relação piora por conta do interesse dos dois na Eun-sung. Mas como esse vilão conseguiu quase roubar a cena do protagonista... ele mudou tanto durante os episódios, e se mostrou tanto, que se o mocinho não fosse tão cativante com certeza teria torcido pelo vilão dessa vez! kkkk

Bom acho que falei bastante, mais do que pretendia, mas tem uma coisa que não posso deixar de falar e que vale o drama inteiro, (sem exagero)! O desenvolvimento do relacionamento entre os dois protagonistas! A química entre eles beira à perfeição! Os momentos entre eles, cada gesto, cada olhar, acompanhar o desenvolvimento quando eles param de brigar entre si e se unem para brigar contra todos. E a música tema, gente! Nossa, muito perfeita! Veja o vídeo com a música e momentos entre eles.




Ela é uma típica mocinha, que tem dúvidas e considera os sentimentos de todos além dos seus. Mas o que mais gostei foi que ele não teve dúvidas, não fraquejou, não voltou atrás por estar machucando outra pessoa. Isso é uma coisa que sempre me desanimava em outras séries; quando eles ficavam juntos, tinham que se separar por culpa ou por estar machucando o ex ou alguém da família, mas Kim-tan foi decidido do começo ao fim. Às vezes se arrependia da tática escolhida, mas nunca da motivação, ele refazia os planos, mudava os caminhos mas nunca desistia dela. Ele deu tudo o que tinha e podia para tentar protegê-la e ela por sua vez também fez tudo o que estava em seu alcance para deixá-lo seguro.

A história é bem dramática e até mesmo pesada, mas é viciante, emocionante, apaixonante, quem gosta de doramas não pode deixar de assistir. E vale muito a pena ver o post do blog Divaneando sobre The Heirs.


Park Shin Hye é uma atriz queridinha de doramas adolescentes, e ela realmente é boa nisso. Rsrs Eu a conheci no dorama Escalada para o Céu", ela fazia a personagem principal na primeira fase (criança), e ela era uma menina muito fofa. Agora ela me conquistou mesmo no You're Beautiful"! Vou falar que tenho uma queda pelas personagens que ela escolhe interpretar.

Lee Min-ho, eu não conhecia ele, aparentemente o pessoal gosta muito de "Boys Before Flowers" que ele é protagonista também, mas não consegui terminar de assistir, a história não me chamou tanto a atenção. Mas aconteceu o mesmo com Hari Dango, versão japonesa da série, então o meu problema é com a história mesmo. Ele me marcou tanto como Kim-tan que tenho até medo de não conseguir desassociar ele do personagem. Kkkk Depois vou ver outro dorama com ele para tirar a prova. \o/