26/04/2020

O Diário Secreto de Laura Palmer

Apesar dessa não ser a capa brasileira, gostei dela por dar um ar mais realista de como seria o diário.
Sinopse: Via Skoob

Eternizada no seriado Twin Peaks, que revolucionou a teledramartugia mundial, a história da adolescente Laura Palmer e de sua cidade natal arrebatou milhões de espectadores nos anos 1990 através do olhar do diretor David Lynch. A pergunta Quem matou Laura Palmer? se tornou uma verdadeira obsessão para os fãs, que no início da década deram início a um verdadeiro culto à bela garota com um futuro aparentemente promissor que aparece morta às margens de um rio. A chave para desvendar o mistério veio pelas mãos de Jennifer Lynch, filha do diretor e co-autora da série, que, trazendo à tona a identidade de Laura, revela um lado obscuro da jovem e da sinistra cidade onde viveu e morreu.

Laura Palmer, a bela rainha do baile de formatura, a menina com as melhores notas, gentil, encantadora, filha de pais amorosos e o retrato perfeito da juventude de ouro americana. Quem teria algum motivo para assassinar Laura a sangue frio? A resposta para essa pergunta não estava no diário róseo encontrado pela polícia no quarto da jovem, mas sim em um volume escondido, onde Laura expõe sua verdadeira face. Drogas, orgias, prostituição, abuso, medo. Um retrato de uma adolescente perdida, que, ao tentar romper com os padrões impostos pela rígida sociedade interiorana onde foi criada, trilhou um caminho sem volta de perdição e desespero.

A cada entrada do diário, que se inicia em seu aniversário de doze anos e segue até o dia de sua morte, quatro anos depois, Laura revela detalhes não apenas sobre seu flerte com a depressão como também a realidade sórdida ocultada pelas brumas de Twin Peaks, cidade madeireira do interior dos Estados Unidos, onde, assim como a própria Laura, ninguém – e nada – é exatamente o que parece ser.

Crime / Ficção / Suspense e Mistério

Retomando as atividades do Clube com esse livro. ٩(◕‿◕。)۶ Tem um tempinho que estava estudando em como mudar as minhas postagens para deixá-las mais claras e objetivas, e hoje vou por em prática com esse post aqui.

Não esquecendo de compartilhar os posts dos outros integrantes do Pena, Tinteiro e Papel. Confiram lá as resenhas do Felipe, do Mateus e da Giani, e a estréia da Paula e da Sasha! Bem-vindas, meninas!! ヽ(≧◡≦)八(o^ ^o)ノ


Se pudesse descrever esse livro em duas palavras, seria: Confuso e Arrastado.


A trama: Só prestei atenção depois do início da leitura que esse livro é um spin-off da série Twin Peaks. Na série de tv, o agente do FBI Dale Cooper investiga a morte da sorridente e popular estudante Laura Palmer, que foi assassinada.

O livro vem para contar a verdadeira história da Laura, que não era tão perfeita assim como a cidade pensava (não assisti, então não sei se o pessoal também fingia que ela era perfeita, pelo livro, já no final, muita gente sabia do outro lado dela). Ele é todo escrito como se fosse o verdadeiro diário da Laura, onde pela escrita dela podemos acompanhar a transformação da criança de 12 anos até a sua morte aos 16, os acontecimentos na vida dela, seus pensamentos e suas escolhas. Senti que a escritora quis dar o mesmo ar de mistério que envolvia a série, depois de ler um trecho sobre isso na wikipedia, onde fiz a minha pesquisa pra entender de onde veio a personagem. Vou postar aqui o trecho.

A produção foi considerada revolucionária para época, pois fugia das fórmulas de outras séries que, geralmente, buscavam algum senso de moral. Twin Peaks possuía uma história complexa nunca vista em uma série antes, personagens estranhos e excêntricos, tramas cheias de mistérios, sendo difícil categorizá-la, pois possuía momentos alternados entre suspense, surrealismo, drama, policial, humor e terror psicológico. Link Wikipédia

Mas na minha opinião ela falhou absurdamente, e vocês irão entender o porque disso nos próximos tópicos.

A capa: A Capa brasileira chama bem atenção por ser de uma Laura já morta, não sei se foi tirado de algum frame da série. Já aquela que coloquei ali em cima, simula um diário já gasto, amassado e rasgado de tanto ser escondido por tantos anos, o que me chamou mais a atenção.

AVISO: A partir daqui haverá spoilers.

Os personagens: A Laura é a personagem principal, todos os outros que temos acesso é pela visão dela. Quem ela dá mais atenção é: primeiro o Bob (que não sabemos exatamente quem é), depois a amiga dela Donna, o primeiro namorado Bobby e o amigo/ficante/amante Leo. Todos os outros não são tão importantes para ela, com isso, também não se mostram importantes no livro.

Por um bom tempo eu achei que a Laura poderia ter um tipo de esquizofrenia e estávamos lendo a versão paralela da realidade que ela criou num momento do surto, mas isso só faria sentido se ela tivesse pequenos surtos durante pequenos períodos do mês, o que não sei se é possível, por não conhecer todos os espectros dessa doença.  Quanto mais tempo se passava no livro, mais distante ela ficava de qualquer padrão. No final ela não se parecia com nada, nem com uma depressiva, nem com uma viciada, nem com alguém sofrendo de perturbação de stresse pós-traumático. A autora conseguiu fazer uma salada mista, e é por isso que defini o livro como confuso.

Tipo de escrita: Livros que simulam diários são um dos meus preferidos, porém, aqui se tornou uma grande decepção pra mim. A autora não conseguiu passar a veracidade através da escrita, por uma boa parte do livro parecia um adulto mimicando pensamentos e falas juvenis, não conseguia me ligar emocionalmente com a Laura, pois não aparentava alguém real. E olha que tentei justificar, "Ela escreve assim porque é uma aluna exemplo, muito inteligente e aplicada.", "Ela escreve assim porque é amadurecida para a idade.", mas não me ajudou, exatamente porque em alguns momentos a autora queria nos lembrar que ela era uma adolescente, ela falava coisas infantis para logo em seguida divagar sobre algo que não era condizente com o que ela tinha acabado de tentar mostrar. Só mais no final que isso se regulou. 

Outra coisa que não ajudou em nada é que a forma da escrita não era gostosa, envolvente, em muitos momento era bem confuso, desgastante, o que tornou a leitura arrastada, chata. Ela quis em todo o livro mostrar como a Laura era envolvente, charmosa, que chamava a atenção e cativava as pessoas à volta, mas a Laura que escrevia não conseguia ser isso, não me prendia na sua descrição do ocorrido, o que me deixou novamente com a sensação de que a escrita ou a personagem era uma farsa.

E por último, já no final a Laura escrevia muito raso, muito por cima do que acontecia, meio que só comentando alguma coisa. Se tem a ver com algo da série, não sei, mas como estou focando só no livro aqui, isso deixou a história incompleta, desconexa. Acabei ele e o primeiro pensamento que me ocorreu foi: "Tá, e aí? E aquelas informações jogadas ali atrás?"

O que mais curti: O enredo era pra ser interessante, se eu desvincular do livro e trazer a Laura para o que ela era pra ser. Uma adolescente perdida depois de sofrer abusos psicológicos e sexuais desde cedo, tentando levar uma vida normal diante dos pais, da escola e da comunidade, enquanto tenta entender como se livrar desse abusador. Ou que não tivesse nenhum abusador e que apesar de não querer decepcionar seus pais, ela tinha desejos, vontades que não era bem vistos pra época e que tentava lidar com essa vida dupla. 

Mas as escolhas da autora, o tipo de escrita, essa fixação de tentar manter um mistério e pressão psicológica ao redor do Bob, que ao meu ver não foi interessante, não me fizeram curtir nada do livro.

O que mais me incomodou: Com certeza a Laura que deveria ser de uma idade mental e psicológica e não era, era muito além (principalmente enquanto ela estava com 12, 13 e 14 anos). Esse mistério ao redor do Bob, como a Laura o descreve ou é um ser místico, ou da cabeça dela, e isso cansou. E a salada mista de sentimentos, pensamentos e ações da Laura, não me parecia uma pessoa real.

Considerações finais: Lembrando que essa é a minha opinião e sentimento com relação ao livro. Sei que ele é best-seller, ou seja, muita gente se ligou à estória, mas achei ele bem abaixo da média. Não é um dos livros mais envolventes, com enredo bem construído, o hot dele não é tão interessante assim. Senti que o livro quis ser muito de muita coisa mas não funcionou, não conseguiu ser terror psicológico; não conseguiu ser perturbador e chocante com as cenas de sexo e drogas; a dualidade de sentimentos e pensamentos da protagonista, que poderia ser o ponto alto, ficou muito confuso e em muitos momentos me passou a sensação de falsidade, mais do que de angústia, confusão que a autora tentou passar. E é por isso que o descrevo nas duas palavras citadas lá em cima: Confuso e Arrastado.

Recomendaria: Não. Nem para estudo psicológico, porque como disse ali em cima, ela tinha sintomas de tudo e nada ao mesmo tempo. ╮(︶︿︶)╭ Rsrsrs


17/01/2020

Pena, tinteiro e Papel

Esse clube foi algo que aconteceu tão natural que nem previ chegando.

Quando o Felipe e eu começamos o projeto de postar um tema por mês, sabíamos que vários livros apareceriam já que é uma paixão que temos em comum, mas acredito que começou a tomar forma quando decidimos ler o mesmo livro juntos para cada um postar sua visão dele aqui no blog, e isso foi muito gostoso.

Confesso que sem um ponta pé acabo consumindo a mesma dieta, os mesmos estilos de livros que curto, não costumo variar muito, ao propormos que um indicasse um livro diferente pro outro, o clube tomou forma, e com o ingresso do Mateus o clube realmente se formou e começamos nossa caminhada.

Por meses esse era o nome: "Clube do Livro" até que a minha irmã Giani chegasse botando pressão e definimos um nome pra chamar de nosso: "Pena, tinteiro e papel".

O mais difícil é conseguir conciliar as leituras e as postagens com a vida, trabalho, faculdade e atribuições de cada um. Apesar do clube ter entrado em um hiato, sempre soubemos que ele não será para sempre, pois o que mantém o clube ativo é a nossa amizade e nosso amor pela leitura.